quarta-feira, 13 de julho de 2016

Loucos caminhos

Se são loucos seus caminhos
Que direi dos caminhos meus
me perdendo em seus carinhos
me fingindo passar por deus

LIFE IS A TALE

Life is a tale
Told by an idiot
Full of sound and fury
Signifying nothing

O que assistimos hoje em termos de violência, expressa em cada uma de suas diversas facetas, ultrapassa de muito o aceitável para qualquer um que ainda guarde um pingo de humanidade.

Vejo que um dos argumentos do “Malvado Favorito” do Beto Jefferson, em seu depoimento na câmara em sua defesa, é de que o mesmo acontecerá com os outros parlamentares, ou seja, também serão punidos por seus mal feitos. A conclusão lógica desse raciocínio torto é deixar o crime impune sob a ameaça de termos que castigar todos os males.

O que mais tem são explicações sócio psicológicas para a onda de agressões com armas de fogo de modo indiscriminado, matando-se ao bel-prazer por tiros diretos ou balas perdidas.

A meu ver a cabeça da serpente é cultural. A famigerada Lei de Gerson, onde tudo vale desde de que se leve vantagem, extrapolou os campos de futebol e como um vírus mortal tomou a alma e o comportamento desse povo que perdeu a passividade para se tornar leniente com o mau.

A vida perdeu o sentido. No início dos anos 1600, Shakespeare escreveu uma peça sobre o assassinato de um rei e suas consequências - Macbeth. Aqui o dramaturgo expressa em poucos versos a essência de seu pensamento, talvez mais profundo que o “ser ou não ser” e tão atual nesses tempos que mais parecem aqueles das Capitanias Hereditárias, em que vigorava a lei de uma selva de bestas.

Esses versos nunca foram tão atuais.

Life is a tale
Told by an idiot
Full of sound and fury
Signifying nothing