A desordem está em todas as partes, até mesmo no título da
postagem. Embora seja um conceito já estabelecido, estas palavras estão em
Hamlet mas não em sua boca. Foram ditas por Marcellus para Horácio enquanto
Hamlet se afastava com o fantasma de seu pai, que lhe pedia vingança. Já dei
minha opinião sobre essa herança cruel de um dever que um pai passa a seu filho,
aprisionando-o em missão suicida (ler no início do post Dançar não pode). Não
satisfeito em matar seu irmão pelo poder, Claudio ainda abocanha Gertrudes, sua
cunhada. Em sua cova Nelson, o Rodrigues ri a toa!
O fato é que a expressão de Marcellus se firmou como símbolo
de uma desordem, um caos, um misto de traição, vingança, corrupção e imoralidade
que tornam inviável a manutenção de um grupo qualquer no poder se não abdicarem
desse padrão.
Eu não sou um “expert” em economia, me dou ao luxo de fazer
apenas medicina e deixo com minha mulher a organização da casa e da clínica
enquanto minhas secretárias tomam conta da recepção e me auxiliam nos
procedimentos. Então reconheço que posso não ser o melhor conselheiro para esse
desgoverno e para sanear essa avalanche de roubalheira e desrespeito que tomou
conta do país, mas tudo que me vem a cabeça é que “há algo de podre nesse reino”(D’aprés
Marcellus em Hamlet).
Explicações não nos faltam; caras de espanto então nem
pensar. Seguindo essa linha de pensamento não há como fugir do conceito de que
nossa polícia federal é formada por um bando de incompetentes, corruptos e
interesseiros, com o claro objetivo de destruir essa nação.
A ordem é mantida pelo equilíbrio entre o crime e o castigo,
de forma que punição próxima de zero = crime perto do céu.
A violência é a parteira da história e não há reforma
indolor. Já vou adiantando que sou contra a intervenção militar e/ou qualquer
forma de truculência. Da mesma maneira que me eximi de fazer a contabilidade
doméstica e da clínica, seguindo o mesmo comportamento em relação à coordenação
administrativa, por me saber não ter a competência de outros, não me arrisco com
uma resposta na ponta da língua, mas diferente desse congresso e dessa fauna
política, não transgrido e não faço acordo. É o primeiro passo. Não me arvoro
em dono da verdade, mas com certeza há algo de podre nesse país.
A sociedade deverá reagir, se organizar, continuar se
manifestando, mostrar seu desagrado, parar de cometer os pequenos delitos que
se agigantam quando a oportunidade se faz presente, ter orgulho de si e de sua
dignidade, deixar explodir no peito outra vez o grito de que o povo unido
jamais será vencido.
Mesmo porque na história do Billy (Shakespeare) todos morrem
no final. Vamos fazer diferente.
The people united will never be defeated!!!!
ResponderExcluirThe people united will never be defeated!!!!
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