segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Detesto o Super Honesto

Tenho aversão a essa qualificação, muito embora não raro eu mesmo me surpreenda abusando da expressão. Da mesma forma uso o “Deus me livre” sendo eu visceralmente um ateu. 

Uma mulher bonita já é o suficiente, não precisa ser super. Muitas meninas quando vão chegando aos seus 45 -50 começam a acreditar que estão perdendo seu encanto, que não são mais super. “Ah meu Deus” (lá vou eu de novo). Deixei isso claro na minha crônica “Don Juan e o Puro Sangue Marchador” (clique e leia).

Minha mulher bateu os 50 e a cada dia é mais deusa e musa inspiradora. Ainda usa o coque! Valha-me Deus e nossa senhora! (aqui de novo).

Existem condições “tudo ou nada”. O grande problema no meu entender do super honesto é que ele pode ter um primo apenas honesto. É honesto, mas não é super! E aí que mora o perigo. Não existe meio-termo para isso. Ou é ou não é!

Alguem que não rouba porque tem gente olhando já é “tipo” o primo do super.

O que levou o país a esse quadro catastrófico foi a prática de uma gradação da honestidade. “- Pequenos delitos eventuais até pode”. Rouba-se apenas o que é possível e aos poucos vai se alargando o conceito de “possível”.

Da mesma forma, as agressões verbais entre um casal tomam um rumo crescente, passando para os palavrões, empurrões, tapas ... e Maria da Penha!

Comum na área médica sugir uma medicação milagrosa que com o tempo cai em desgraça e finalmente encontra seu lugar no arsenal terapeutico. O Brasil está no limite da imoralidade e da antiética. É preciso uma reação também extremada e rigorosa, com princípios de um samurai para trazer de volta a ética para os trilhos.

A lava jato está no caminho, mas cabe ao povo fazer a sua parte. E olha que nem precisa ser super honesto; honesto já está de bom tamanho.



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