- Amor tive um sério acidente de carro. Deu perda total,
fraturei 4 costelas, o braço e o fêmur, rompi o baço e parece que tive também
um traumatismo craniano, mas o neurologista falou para Vera que está tudo sob
controle!
- .... quem é Vera?!
Muitas vezes por razões as mais diversas, perdemos o foco da
questão mais imediata. Certa vez inundei a mente de um jovem de seus 17 – 18
anos, sobre vários problemas na confecção de uma programação para computador; ele
habituado aos jogos eletrônicos me deu uma grande lição: - vamos matar primeiro os inimigos
mais próximos.
Ainda que a esposa pudesse desejar o fim de seu marido, a
Vera era o menor dos problemas naquele momento, assim como mesmo que alguns
desejem a morte do Brasil, o pretenso tenor Bob Jeff ou o malvado favorito John
Kane, apenas cumpriram seu papel naquele momento e nem por isso deverão ter
abonadas suas falcatruas, que “en passant”, não foram poucas e nem sequer
inocentes.
Cravanella aprendeu direitinho com Brizola como se desviar
do foco. Nos últimos debates enquanto Frouxo dissertava sobre os ossos
quebrados, o eterno bispo (sem trocadilhos) idolatrava a Vera. Deu no que deu.
Não estou aqui na defesa da impunidade, ah não! Vocês jamais
ouvirão isso de mim, mas sangue frio e foco são fundamentais em qualquer
embate. Aos faltosos com a decência e para com a lei não lhes desejo a morte,
mas vida longa; não quero que percam a visão, apenas um olho e que no outro
tenham miopia de 38º. Também espero que percam todos os dentes menos um e que
nesse tenham carie e dor de canal até o final dos tempos.
Permito-me reproduzir aqui palavras sábias de Gorki, na fala
de Teteriev, um alcoólatra que gosta de filosofar. Na peça Os Pequenos
Burgueses ele sobe na mesa e faz um discurso super impactante na alma dos
politicamente corretos:
“Quando dizeis que o
mal se paga com o bem, vós vos enganais. O mal é uma qualidade que vos é inata.
E por isso de pouco valor. O bem, vós inventastes e pagastes terrivelmente
caro. E em virtude disso o bem é uma coisa valiosíssima, rara. Conclusão:
colocar num mesmo plano o bem e o mal é inconveniente e inútil. E eu, em
verdade, em verdade vos digo: pagai o bem com o bem somente! E nunca além do
recebido, que é para não estimular no homem a tendência à usura. Porque o homem
é ávido! Tendo recebido uma vez além do que lhe é devido, da próxima vai querer
receber ainda mais. Mas não lhe pagueis menos do que lhe é devido. Porque, se o
enganais uma vez, o homem é rancoroso; ele dirá de vós: são uns falidos! E
deixará de respeitar-vos. E da próxima vez não será mais o ‘bem’ que ele vos
fará. Ele se contentará, simplesmente, em vos dar uma esmola. Irmãos! Não há
nada mais triste sobre a terra, nem mais repugnante, do que um homem dando uma
esmola ao seu próximo. Pagai o bem estritamente com o bem. Quanto ao mal, pagai
cem vezes mais. Sede pródigos ao retribuir ao próximo pelo mal que ele vos
ocasionou. Se quando pedirdes um pão vos derem uma pedra, descarregai sobre sua
cabeça uma montanha!”
Lembremo-nos que a Vera/Brasil não escapou ainda, só estava
cumprindo sua missão naquele fatídico momento. O país está de olho. Ah Vera! Ave
Vera!
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